Descem pausadamente sobre cabeças e realidades raros botões de vida nos profundos e férteis pântanos da vida terrena.
Esses rebentos de perfumes trazem em seu DNA segredos e relatos muito bem guardados em uma biblioteca feita de sonhos, onde a realidade muda completamente ao ser visitada por leigos no amor, na virtude e nos caminhos a serem percorridos, apenas por poucos, uma vez que muitos foram chamados para essa maratona e poucos escolhidos para esses registros de serenidade e total entrega.
Quando a chuva de estrelas é derramada e os banhos de luar caem sobre as cascatas que compõem a pia batismal dessas pessoas, surgem do alto criaturas angélicas segurando candelabros de raios de sol, apenas para deixar claro que jamais morreriam.
Pois deixariam gravadas na tela dos tempos e eras suas poesias, poemas e inacreditáveis histórias de amor, saudades, renúncias, ódio, reencontros e dias que se renovariam a cada ressurreição.
Assumindo seus postos determinados pelo poder supremo, estariam devidamente blindados pela atmosfera das mais poderosas fontes de energia dinâmica, e cada pronunciação desses elementos sagrados seria selada para fazer a felicidade de alguém.
Estou falando dos poetas, seres que aos poucos desvendam seus segredos de crianças e nos fazem ser livres, leves e soltos como as aves na imensidão das mais distantes primaveras.
Vamos juntos celebrar esses dons e percorrer com eles os mais inusitados mundos nunca antes visitados. Num único instante de regozijo, executaremos a valsa da paz.