Um Dia...

Um Dia!

Perguntarão por onde anda aquele pássaro colorido, de suaves penas devidamente tingidas pelos pincéis da primavera.

Certas manhãs procurarão nos passeios das nuvens os desenhos feitos pelas rajadas dos trovões, anunciando os chuveiros que banharam os verdes campos, fazendo a festa de intermináveis amanheceres onde a poetisa Léa brincava de eternidade.

Certamente, os seus pousos deixaram marcas nos rochedos mais profundos dos seres humanos, perpetuando os segredos mais belos das palavras ditas de maneiras que o tempo não teve permissão para apagar.

Sim, procurarão nas prateleiras e nas praças das maiores exposições livros e mensagens frescas, criadas nos momentos de lágrimas e paixões, para sentirem de perto o que são o oxigênio e as águas que correm livres e soltas nas artérias de um eu cujo batismo não ocorreu na terra!

Permanecerão apenas recados breves, como uma visita rápida de uma andorinha que me pegou levemente em suas asas e me transportou para outras facetas de um novo mundo, onde começarei tudo de novo.

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