Por onde andei, direi que sondando levemente os suaves passos das manhãs e cronometrando os limites que antecedem os meus últimos suspiros de sonhador nos limites da terra.
Se me encontrarem por acaso sentada numa pracinha numa noite sem o brilho do luar e de modo contemplativo voltada para o silêncio de uma estrela solitária, saibam que estarei compondo e recitando o próximo poema voltado para a luz da alvorada.
Queres saber onde armo minha rede repleta de papéis em branco diante do anúncio de tempestades? Saiba que todos os meus arquivos já estão armazenados de antemão em cofres internos no interior de minhas inspirações, junto à minha cama dobrável.
Há caminhos a serem percorridos, por um poeta que, ao empreender sua própria velocidade através dos tempos, foge às regras do quotidiano e ganha asas atravessando os polos demarcados por humanos.
Não aconselho seguir-me mesmo porque vim a esta esfera surgida do fecundo pó por onde pisas e certamente voltarei a essas entranhas deixando um legado virtuoso de frases de amor e mãos entrelaçadas para o cultivo da paz.