Alvorada

Alvorada

Eis que surge, ao longo de meus dias, um chamamento secreto, porém risonho, como o desabrochar das flores que emergem dos pânta-nos da minha caminhada.

Reflexos de um luar, vestido de cinderela, destinado a brilhar fora dos palcos. Ao retornar, cansada de um sonho por entre as estrelas, pau-so para uma prece diante naquele amanhecer humano e rastreio o sentido de tudo, sorrindo por entre as sagradas paredes de mim mesmo.

Faz sentido a posse abstrata de asas que se abrem sobre mim, arrastando-me para encostas, para meus precipícios e ilusões.

Voltarei por aqui um dia, rolando por gra-mas tingidas com pétalas da rosa dos ventos, embrulhada de amor e fé, para confundir os so-berbos que cairão aos pés do poeta que nasceu para amar, antes mesmo de se desfazer num me-lodioso resto de sol sobre o mar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você não pode copiar o conteúdo desta página!