O amanhecer surge calmo, fazendo a festa da vida.
Preciso me banhar por inteiro nessas ondas de luzes e cores para desatar os nós ainda presos a alguns elementos e pensamentos que insistem em se fixar em minhas ladeiras.
Esses retrospectos, tão necessários para recomeços, se fazem presentes na retomada de raciocínios lógicos e claros, como o rebento de botões de flores rumando em direção à primavera.
Quero, sim, revestir-me de sonhos e exteriorizar o que de mais belo navega mansamente em meus lagos, onde barcos enfeitam suas águas e convidam os puros de espírito a espalharem comigo pétalas de tudo o que edifica e faz bem.
Venham celebrar a força eterna de novos alvoreceres e subam nas árvores para sentir onde se esconde cada sol.
Permaneçam apenas por instantes ao meu lado, e vos mostrarei onde e como se descortinam as maiores de todas as promessas feitas pelo Criador: Nasceste para atuar no palco da eternidade, caro poeta; vai e dissemina tudo aquilo capaz de mudar o mundo!
